Adorava ter uma boa resposta a este paradigma, só que não.
Pela primeira vez em 6 anos estamos com poucos planos para Agosto. Normalmente viajamos para fora do país mas com a semana inesperada de Cabo Verde o orçamento ficou muito pobrezinho, está nos cuidados intensivos a balões de soro e à espera do euromilhões.
Estar sem planos para 18 dias de férias é coisa para me dar tremeliques nos olhos, rebentar borbulhas e gerar pequenas arritmias. Sou pessoa de planos bem definidos nada a fazer.
“Tu és é galdéria” disse a minha mãe aqui há dias enquanto desabafava sobre este problema que se instalou na minha vida.
Ela tem razão, sou muito vadia mesmo. Quero é andar por aí na galhofa a conhecer coisas e a aproveitar a vida enquanto pasto os miúdos.
No entanto isto é mesmo uma necessidade. As escolas fecham, a empresa onde trabalho fecha e que solução tenho eu? Tirar férias é obrigatório, e arranjar entretenimento para as crianças também. Nesta tribo não dá para ficar em casa a brincar ao estou de férias. Uma manhã ainda se grama mas mais que 4 horas está completamente fora de questão. As minhas feras não são crianças de permanecer ordeiramente em casa.
As minhas crianças são aquele género que só faz merda sabem? Deixas 10 minutos enquanto estendes roupa e quando dás por isso já forraram a parede a plasticina, ou encheram a banheira para meter um navio a flutuar, também adoram brincar à festa da espuma. Quando não estão a fazer porcaria estão a treinar pugilismo um com o outro.
Não tenham pena, já me habituei a viver com picos de adrenalina.
Resta-nos meia dúzia de dias para arranjar soluções. Estamos disponíveis para convites para almoços, jantares, brunches, dias no campo, na cidade, na praia, essas cenas que as pessoas fazem quando estão de férias. Também curtimos piscinas, just in case.
we will survive
